Os primeiros veículos motorizados produzidos com o intuito comercial foram feitos na década de 1880 e chegavam a “incríveis” 16 Km/h.
Toda essa evolução gerou certa preocupação na Inglaterra, ao ponto de criarem uma lei, chamada de Lei da Bandeira Vermelha. A regra impunha que o veículo somente poderia transitar se estivesse com uma pessoa em sua frente segurando uma bandeira vermelha.
Um sinal de aviso para os demais, mostrando uma clara preocupação com a SEGURANÇA.
O que fazia muito sentido!
Afinal, quem teria o reflexo suficiente para perceber a aproximação de um veículo que poderia chegar a monstruosos 16 Km/h!?
Um dos principais motivos de toda esta preocupação vinha do fato de que, quando os carros ainda não eram fabricados com propósitos comerciais, o trânsito já havia feito sua primeira vítima fatal. O veículo responsável pela fatalidade corria a 6 Km/h.
Tamanha atenção se deu porque estava em risco um dos nossos bens mais valiosos… a vida!
Mas já pensou se no momento da primeira vítima fatal do trânsito alguém profetizasse que chegaria algum tempo que aquela invenção estaria envolvida em milhares de mortes por dia no mundo?
Será que repensariam algumas ações?
Ah… mas alguém pode questionar qual seria nossa evolução sem o automóvel.
Principalmente porque o automóvel virou símbolo de desenvolvimento, sucesso e até de liberdade.
Mas quem foi que disse que desenvolvimento não precisa andar junto com SEGURANÇA?
Aliás… quem foi que disse que desenvolvimento não anda junto com SEGURANÇA?
Acontece que algumas coisas se tornam comum no nosso dia a dia.
Curiosamente e irresponsavelmente tratamos alguns fatos comuns e corriqueiros como sendo normais e naturais.
Temos que distinguir comum, normal e natural.
Comum é aquilo que acontece com certa frequência, normal é aquilo que segue uma norma e natural é relativo à natureza.
Ninguém morre naturalmente em um acidente de trânsito, muito menos normalmente. Mas se tornou comum a morte no trânsito.
Então por ser comum não devemos mais nos preocupar com a SEGURANÇA?
Pois é, na maioria das vezes, a busca de SEGURANÇA vem para preencher uma lacuna que não havia sido notada. Existia, mas passava despercebida, uma falha que esteve ali por todo tempo e foi exposta somente após o pior ter acontecido.
E muitas vezes a SEGURANÇA está apenas na utilização de uma postura adequada. E não somente no trânsito, mas também nos nossos negócios pessoais e profissionais.
O desenvolvimento nos trouxe a capacidade de “chegar mais rápido”, estamos tendo acessos mais rápidos, principalmente à informação. Cada vez mais estamos cercados de informações e cada vez mais trocando informações com o maior número de pessoas.
E quem tem informação tem poder!
Por isto temos que protegê-la, temos que cuidar da SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO.
Muitas vezes quando se fala em SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO e comportamento seguro as pessoas relacionam com configurações de sistemas, softwares, utilização de antivírus e todos estes processos técnicos.
Mas muitas de nossas vulnerabilidades podem ser tratadas com Palestras, Treinamentos, Seminários, Adoção de Políticas, Regras, Conceitos sobre Ética e Código de Conduta.
E isto pode ser incluído no cotidiano fazendo o comportamento seguro como uma prática comum do dia a dia.
Posturas não adequadas que expõem os seus negócios pessoais e profissionais podem ser inibidas e controladas.
Há muitos riscos que nos acompanham ao decorrer de nossa vida e por serem comuns nas nossas atividades diárias acabamos por não percebê-los.
Redes Sociais e Aplicativos de Troca de Mensagens são tecnologias do desenvolvimento que nos ajudam muito, mas ficou comum fazerem vítimas diariamente. E também da mesma forma que aconteceu com os carros as consequências podem ser irreparáveis.
Machado de Assis disse que “a mentira é muitas vezes tão involuntária como a respiração”.
E só se sabe que é mentira quando se sabe a verdade! Quem tem informação tem poder.
Vamos levantar a bandeira!
Este artigo é protegido pela Lei de Direitos Autorais, a reprodução total ou parcial só é autorizada desde que informada a origem (o site www.servicemanager.com.br) e o autor (Roger Nascimento).