Você Valoriza sua Área de Atuação?

No mundo corporativo muitas vezes é comum um profissional, durante o desempenho de suas atividades diárias, acabar fazendo com que suas habilidades específicas em busca de soluções se tornem algo corriqueiro, trivial, de tal simplicidade que aparentam até ser de domínio de todos.

Ou seja, acostuma-se a oferecer e compartilhar soluções e não medir os “impactos positivos” que elas causam.

Esta postura é reforçada principalmente se a troca de informações está entre profissionais da mesma área de atuação.

Outra situação, também muito comum, é um profissional ser procurado por alguém atrás de uma solução para algo extremamente importante cujo prazo de entrega é “para ontem”.

E ainda mais… esta solução tem que ser eficaz, sem falhas, muitíssimo barata, e os gaps (se porventura existirem) serem resolvidos o mais rápido possível, sendo que ela não pode interferir nas atividades do dia a dia de nenhum dos envolvidos.

O interessante é que, geralmente, a solução é “para ontem” por falhas no cronograma (consequência da falta de organização do solicitante).

Neste momento forma-se uma situação no mínimo curiosa.

Pois se o profissional que foi procurado disser que precisa de um tempo para analisar a situação, tem sua credibilidade colocada em cheque, invertendo-se as responsabilidades.

Quem chegou com uma solicitação em cima da hora (com falhas no processo e desorganizada) automaticamente passa a cobrar prazo e agilidade.
Se o profissional que foi procurado resolve a solicitação rapidamente com sucesso, não fez nada além do que se espera dele, já que é para isto que foi contratado.

Quem chegou com uma solicitação em cima da hora (com falhas no processo e desorganizada) automaticamente se intitula uma pessoa que sabe usar os fundamentos do “empowerment” ou sabe “delegar” bem as atividades.

Se o profissional que foi procurado disser que a solicitação necessita de recursos externos para a solução, não serve para a empresa, pois algo que é da sua alçada precisa ser procurado “lá fora”.

Quem chegou com uma solicitação em cima da hora (com falhas no processo e desorganizada) automaticamente passa a reivindicar pares que agreguem mais, que sejam do mesmo nível que o seu.
Fica a pergunta “o que é necessário fazer para atender as expectativas então?”

A resposta é POSTURA.

A mudança está em suas mãos. Valorizando as suas soluções e enfatizando que a falta de organização alheia não pode atrapalhar a sua organização. Estes tipos de situações comentadas acima são de costume e dificilmente serão alteradas.

Respeito não se impõe, se conquista. Se estas situações acontecem com frequência é porque em algum momento há um consentimento, uma aceitação.

Muito provavelmente ninguém ouvirá a frase “estou aqui com este projeto que eu trouxe em cima da hora por falta de organização minha, mas não se preocupe, organize-se com suas prioridades e fique tranquilo que eu informarei aos demais que qualquer tipo de atraso é consequência de minhas ações!”

Seja organizado em suas ações e deixe bem claro para todos os envolvidos os motivos e a importância de determinadas atitudes tomadas durante o processo, mesmo que elas pareçam burocráticas.

Invista em documentação e relatórios. Planeje soluções definitivas.

Apresente periodicamente os resultados de seu departamento ou de sua empresa, mostre os impactos positivos que suas soluções causaram e os custos que foram salvos.

Inverta positivamente a situação, pois quanto mais urgente for a solicitação mais importante se torna a solução. Ótima situação para agregar valor à sua imagem ou à imagem de sua empresa.

 

Este artigo é protegido pela Lei de Direitos Autorais, a reprodução total ou parcial só é autorizada desde que informada a origem (o site www.servicemanager.com.br) e o autor (Roger Nascimento).

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